Sabe-se que diversos males afligem a humanidade desde sempre, um desses males certa vez me acertou em cheio, há alguns anos num período de quase duas semanas fiquei exaurido por este mal tenebroso e lancinante que é a culpa.
Após um Culto matutino na igreja, um queridíssimo irmão chamado Amarildo de Paula veio conversar comigo e me fez uma pergunta corriqueira como quem quer puxar assunto para desfrutar de um bom dialogo entre companheiros de fé, sem motivo algum e sabe-se lá porque eu fui extremamente grosseiro e desrespeitoso em minha resposta, sendo ele de maior idade e tendo idade para ser meu pai, este senhor poderia revidar a minha estúpida falta de respeito com algum impropério ou lição de moral verbal a fim de me repreender, e ele tinha todos os motivos e direitos para tal, porém, sua ação foi diametralmente oposta, ele respondeu-me branda e graciosamente, fazendo com que a minha consciência se ativasse imediatamente colocando em meu ombro um peso, do qual mais a frente eu descobriria ser impossível de se carregar a longo prazo sem sucumbir à loucura, então, prebendo que o feito desta ocasião desviara da minha conduta padrão, pedi-lhe automaticamente desculpas pesarosas afim de que a minha falta para com ele fosse quitada, ledo engano, não por parte dele que prontamente me desculpou e me deu um caloroso abraço, o engano foi meu em acreditar que a minha consciência me deixaria passar por isso ileso.
Este é o meu Queridíssimo amigo Amarildo.
O que se passa a seguir é a rude consequência de meus atos, passo a relatar agora um resumo da semana vigente após o evento descrito acima, primeiro: desde esse dia até quase duas semanas depois eu não pude dormir em paz fazendo parcas 3 ou 4 horas de sono por dia. Segundo: a queda de rendimento nos estudos na faculdade e no trabalho enquanto o exercia era notório. Terceiro: A minha aparência definhou exibindo a opressão que a minha alma estava sentindo, devido ao meu terrível ato.
Foi então que eu decidi que pediria perdão à ele todas as vezes que o visse, até que eu me sentisse melhor, a princípio não deu certo, visto que eu deva ter pedido perdão umas 8 vezes no período de uma semana, mas, adicionei mais um elemento ao objetivo de me desculpar à altura, fui em uma relojoaria perto do me serviço e comprei a melhor caneta que eu podia na época, embrulhei-a e entreguei-lhe após um culto quase duas semanas depois deste infeliz evento, Finalmente pude dormir em Paz.
Neste dia eu aprendi que se a Consciência esta te culpando, seja qual for o motivo, a solução para que se possa resolver este dilema é voltar atras e arrepender-se verdadeiramente do que causou o peso que te oprime, e depois agir com vigor para resolver o que o seu erro veio a ocasionar, sei por experiencia própria que não será fácil, tenho certeza que te custará algo em troca para igualar erro, seja uma admissão publica de culpa, seja uma devolução de valor, seja a quebra do seu orgulho ou mesmo a exposição dos seus sentimentos. Uma coisa é certa o valor pago para a remoção do peso uma consciência culpada é pequeno em comparação com o alivio de uma culpa excruciante.
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Culpa é um sentimento muito complicado. Mas sem ela, não teríamos esse alerta de "opa! Olha aí, fez meleca!"
Eu me afastei de uma colega de trabalho, achando que ela não queria mais falar comigo. Ficamos afastadas por uns meses, mas eu não me sentia a vontade com isso. Quando trocamos mensagem depois de tanto tempo, descobri que ela havia perdido o pai e por isso estava distante. Me doeu saber que a julguei mal. Pedi perdão, conversamos muito, admiti meu erro... Hoje somos melhores amigas.